o tempo mata tudo
eu a vi novamente. mas não foi um sonho. ela não pôde sentir o calor do meu abraço, o cheiro no meu pescoço, a textura da minha pele, a suavidade do toque das minhas mãos, a tranquilidade de se sentir em casa. não, a música manteve seu acorde menor infinito, e eu mantive distância. nada do que foi feito, ou nada inventado, imaginado, vai voltar atrás. nada do que era sentido, que fazia sentido, existe mais. é preciso aprender a olhar para frente, parar de traduzir, ter coragem, e se concentrar em enfrentar os minutos angustiantes que a vida inflige. esquecer. virar pó, água, lama. escorrer. achar um novo molde. inventar uma moldura. e viver.
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